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“É o Bem contra o Mal. E você de que lado está?”

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A infância intelectual do ser humano concebeu o Maniqueísmo. “Maniqueísmo” deriva de Mani, um sacerdote babilônico que pregava a luta eterna entre o bem e o mal, uma herança do Zoroa strismo que além do Maniqueísmo, também teria influenciado o Cristianismo. Mas não estou aqui para falar de religião e sim do “maniqueísmo político”. Uma doença do gênio humano que em escala planetária já dividiu a Terra em zonas de influência (Guerra Fria )e que hoje na escala das relações pessoais, segrega os indivíduos de uma mesma comunidade pelo cargo político ou profissional que ocupam. Inclusive faz-se necessário salientar a distinção (sobretudo de mérito) entre ambos. Existem dois tipos de maniqueístas políticos. O primeiro é o que chamarei de “maniqueísta morno”. Aquele que perdeu a situação, a mamata, a bocada. É um maniqueísta de ocasião. Em certa medida é volúvel, pode mudar de lado a qualquer hora. Não possuiu profundidade filosófica e nem uma formação política que fundamente seus disc
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Eu e a "falta de Deus" Recentemente uma conhecida que me é muito cara me ligou para saber de mim e aproveitou para dizer que a minha já curada enfermidade coronariana provavelmente era falta de Deus. No eterno segundo em que levei para encerrar    a conversa e me despedir cordialmente alegando outros afazeres no meu também eterno repouso , me veio pronta esta manifestação do meu ponto de vista acerca desta questão. Provavelmente o deus que em sua limitada visão me faltava era o deus hebreu , que herdamos com o Cristianismo após o imperador romano Constantino tê-lo permitido como culto(313 d.C) e Teodósio   decretá-lo a religião oficial do Império Romano (391 d.C.). Mas será que se a minha amiga tivesse nascido e sido criada em um país muçulmano , seria o cristianismo a "VERDADE" que tentaria me impor? E se fosse indiana? Tibetana? E se tivesse sido criada sobre os preceitos do Candomblé?  E  se fosse seu lar, espírita? Logo pensei na xenofobia que caracterizo

Democracia: uma ideia adoecida.

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O último presidente da ditadura militar brasileira, o General João Batista de Oliveira Figueiredo, certa vez afirmou que "um povo que não sabe nem escovar os dentes não está preparado para votar".É cl aro que tal ideia servia aos interesses dos inimigos da liberdade e ao mesmo tempo servia ao interesses da preconceituosa elite brasileira apoiadora do regime. Essa ideia soava como um último aviso à liberdade política que se avizinhava:"o povo não está preparado para governar". E eles estavam certos:o povo não estava preparado para governar, até porque nunca governou no Brasil.   A "redemocratização" do Brasil, cuja culminância foi a promulgação da Constituição de 1988(Constituição Cidadã), embora tenho universalizado o voto não significou a entrega das rédeas da nação à maioria. Isso porque a mesma elite que outrora apoiara a ditadura, manteve o controle sobre o processo eleitoral através da corrupção e da alienação das massas. E esta, composta por um oce

Maquiavel,a ambição, a necessidade, a militância e o desejo

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O florentino Nicolau Maquiavel, considerado pai da ciência política moderna, certa vez afirmou que "os homens quando não são forçados a lutar por necessidade, lutam por a mbição".É lógico que devemos fazer as devidas relativizações sobre o conceito de "necessidade" e de "ambição" que o escritor concebeu mergulhado no mundo novo da renascença, no entanto, ainda que os objetos da necessidade e da ambição da sua época sejam diversos dos de hoje, podemos facilmente compreendê-las. Seja por ambição ou por necessidade, muitos indivíduos agem de acordo uma frase que, embora não esteja presente nos escritos do pensador, representa a síntese do maquiavelismo: "os fins justificam os meios". Utilizando a ideia pura da justa "necessidade", evocando as mais nobres causas se utilizam da militância cega para defender suas pequenas paixões e ambições pessoais. E nesse afã de alcançar seus fins, se promiscuem nas alianças, flertam com os demônios

Cada vez menos....

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É realmente um exercício de tolerância viver numa sociedade onde cada vez MAIS: -Ser idealista é ser um sonhador utópico -Pensar na coletividade é ser otário(ou um espertinho oportunista) -Defender seus direitos é ser problemático -Ter opi nião própria é ser desajustado -Acreditar na mudança é ser ingênuo -Se calar diante da opressão é ser sábio -A cidadania morre a cada dia na contramão do avanço dos séculos -O apelo à razão sucumbe diante da imposição dos fatos -O pai ensina que ao se calar, se vive melhor e o filho cresce escravo da imobilidade - Quando , se por breve momento , o oprimido sonha com transformação , deseja se tornar o opressor. É realmente um exercício de tolerância viver numa sociedade que cada cada vez MENOS. (PROFESSOR Rogério)

O grito abafado na sala dos professores

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O grito abafado da sala dos professores         As chamadas Jornadas de junho, aquele ensaio de mobilização que levou os acordados para a rua , embora tenha arrefecido no que tange à mobilização, plasmou na nossa atmosfera um  quê de transformação, de esperança e de desejo de renovação. Mas e o Magistério? O professorado? De que forma tem se colocado nesse panorama de transformação?          A estrutura organizacional sobre a qual se assenta a escola , com a sua hierarquia tradicional  ainda imprime sobre alguns colegas uma certa pressão. Eles vêm seus diretores e demais integrantes da equipe técnica e administrativa, não como colegas que ali estão para servir à comunidade escolar , mas sim como um chefe, detentor do poder de infernizar a sua vida caso não reze a cartilha. Por sua vez algumas direções, muitas sem autonomia encaram os integrantes das secretárias , não como colaboradores, mas como opressores que ali estão para julgar e condenar o tempo todo.      Muitos co

Eles se Atreveram - A Revolução Russa de 1917 - Documentário Completo