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Não consegui dar aula. Então me calei para escutar!

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Nessa semana senti a necessidade de ouvir os alunos de uma turma da  6ª fase da EJA do Leaquim. Nada de História oficial.  Para incentivá-los, ofereci 01ponto para que me dissessem por que estavam ali,citando o passado e sos planos para  o futuro.Os mais velhos contataram as suas histórias de vida fazendo com que o caos de costume desaparecesse. Muito estavam  sem estudar há décadas:Trabalho, filhos na juventude, pais intolerantes, a velha história, que pode se tornar a história dos jovens alunos que ali estavam escutando. Muitos apenas pela bolsa família se fazem presentes.Não acreditam mais na escola. Assim como alguns colegas professores, compartilham seu descrédito na sala de aula. Um aluno afirmou que tenta, mas não consegue prestar atenção. Tem 16 anos é tido como indisciplinado debochado e viciado. Se estivesse em uma escola particular já teria um laudo e  sua rebeldia diante do fracasso escolar, compreendida e perdoada.Saí da sala emocionado com a profundidade das coisas

Preparando-se para o ENEM

http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/11/01/enem-baixe-guia-com-dicas-para-se-preparar-para-o-dia-da-prova.htm

Para nos ajudar: Só Jesus e um caminhão de "ADEVOGADOS!"

Na sanha por dinheiro fácil, cabofrienses caem no conto do vigário, ops, do pastor! http://g1.globo.com/rj/serra-lagos-norte/bom-dia-rio/videos/t/edicoes/v/30-pessoas-registram-ocorrencia-na-delegacia-de-cabo-frio-reclamando-de-golpe-em-internet/2221452/

Um olhar sociológico sobre Búzios

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Lidar com a Educação em Búzios é uma experiência fascinante.Como professor de História, me perco entre conjecturas e verdades relativas a cerca do cotidiano buziano. A vocação turística do município produz um quadro social riquíssimo em elementos que dialogam e contrastam entre si, conferindo ao lugar um exotismo social ímpar. A exposição direta dos moradores de Búzios às “emanações” culturais de várias partes do Brasil e do mundo, promove o encontro constante e inusitado entre realidades diversas, onde a tradição e o deslocamento identitário atuam intensamente. Mas e a cultura local ? E o seu pano de fundo nacional que nos identifica enquanto povo? Como se insere neste contexto? De acordo com o teórico cultural Stuart Hall “À medida que as culturais nacionais tornam-se mais expostas a influências externas, é difícil conservar as identidades culturais intactas ou impedir que elas se tornem enfraquecidas através do bombardeamento e da infiltração cultural”(Hall, 1996). Assim se

Uma candidatura em poucas palavras

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Essa mania de pensar sobre tudo, eu sei, me torna uma pessoa enfadonha , no entanto , não consegui resistir à tentação de compartilhar a experiência que vivi como candidato a vereador  pelo PSOL em Cabo Frio. Desde que fui recebido pelo partido, passei a admirar disposição dos companheiros diante do quadro político local. O assédio dos candidatos poderosos, que tinham certeza que a liderança do PSOL se curvaria diante das promessas de boquinha assustaram. Mas dizem que na política isso é normal. Normal nada! É normose! É doença da normalidade. Por outro lado, o firme posicionamento do Cláudio, conquistou a minha confiança. E o caráter das propostas do partido, profundamente identificado com as minhas, a minha militância. Na fase de pré-candidatura, quando falava da minha pretensão de ser candidato, muitos reagiram dizendo que eu não tinha dinheiro. Que eu não teria a menor chance e que eu não conseguiria, nem cinquenta votos. Muitos colegas, detentores de portarias e outr

Um olhar sociológico sobre o SUS

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  Desde a criação do Ministério da Saúde e Educação em 1930 até 1988, somente os trabalhadores com carteira assinada tinham direito à assistência médica. A democratização do acesso à saúde data da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, quando a saúde passou a ser um “direito de todos e um dever do Estado”. Nascia o Sistema único de Saúde. Inspirado nos modelos da medicina social de alguns países europeus como a França e a Inglaterra, o SUS tem como princípios básicos a integralidade, a equidade e a universalidade. Seria universal, ao garantir a todos o acesso aos seus serviços. Igualitário ao primar pela igualdade de condições de tratamento dos seus usuários. E por fim, integral, ao abranger medidas de prevenção, atendimento e internação. Acontece que na cultura do clientelismo brasileiro, onde as leis são contextuais (depende do contexto) e não contratuais (vale o que está escrito), a realidade é outra. Por que? Porque embora ouçamos falar em Políticas Públicas de Saúd

Inspirado pelo assassinato do MAX: Matrix e a Alienação

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              A história do hacker Neo que descobre o mundo ao seu redor como uma ilusão criada por computador, combina elementos cristãos, budistas e passeia por várias concepções filosóficas desde Platão (Mito da Caverna) a Descartes(Questionamento sobre  realidade). Dá pra sentir a força do argumento do filme, afinal não é pouca coisa que mexe com o ceticismo da comunidade científica. Já imaginaram o golpe na vaidade humana ao descobrir que tudo o que nos cerca, desde a descoberta do fogo aos grandes impérios, não passa de um programa criado por um webmaster qualquer, brincando de Deus?             Por mais improvável que possa parecer, tal possibilidade encontra argumento favorável em Platão e seu Mito da Caverna. Durante um diálogo Platão compara a nossa percepção da realidade a de homens que se encontrariam no interior de uma caverna, de costas para a entrada. Incapazes de se mover, tudo que estes homens conheciam do mundo, eram sombras projetadas por uma luz externa no i