Um olhar sociológico sobre o SUS
Desde a criação do Ministério da Saúde e Educação em 1930 até 1988, somente os trabalhadores com carteira assinada tinham direito à assistência médica. A democratização do acesso à saúde data da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, quando a saúde passou a ser um “direito de todos e um dever do Estado”. Nascia o Sistema único de Saúde. Inspirado nos modelos da medicina social de alguns países europeus como a França e a Inglaterra, o SUS tem como princípios básicos a integralidade, a equidade e a universalidade. Seria universal, ao garantir a todos o acesso aos seus serviços. Igualitário ao primar pela igualdade de condições de tratamento dos seus usuários. E por fim, integral, ao abranger medidas de prevenção, atendimento e internação. Acontece que na cultura do clientelismo brasileiro, onde as leis são contextuais (depende do contexto) e não contratuais (vale o que está escrito), a realidade é outra. Por que? Porque embora ouçamos falar em Políticas Públicas de Saúd